quinta-feira, 4 de junho de 2015

De Leonte até ao Pé de Cabril


Os do costume saíram ao campo em Junho, para percorrer o trilho que vai de Leonte até ao Pé de Cabril.

O dia começou mal, com o Virgílio a enjoar pelo caminho. Seria do café e da nata que comemos em S. Torcato? Ou seria da nassa da festa da noite anterior? Foi da nata ou da nassa? Aceitam-se apostas.

Recuperado o Virgílio, começamos mais um trilho não-oficial, registado no google e assinalado no terreno pelas primitivas "mariolas" (a propósito: é de assinalar e agradecer a paciência, esforço e vontade de ajudar daqueles que percorrem os trilhos e se dão ao enorme trabalho de colocar pedrinhas umas em cima das outras a marcar o caminho. Um grande obrigado!). E como não podia deixar de ser, um trilho muito difícil. Desta vez não pela extensão, mas pelo desnível e dificuldade própria do terreno.









Chegados ao Pé de Cabril, tentamos por todos os lados subir, sem sucesso, a formação rochosa. O Ginho, Jominho e Virgílio ainda conseguiram subir até mais de meio, mas o resto seria demasiado arriscado para a nossa idade e para as seguradoras que tornariam ricas as nossa mulheres, ainda demasiado frescas para pensarmos em deixá-las tão bem na vida.




Assim, não nos restou outra solução senão descer até à cabana do Tirolirão, para almoçar. Ora mas isso parecia muito mais fácil do que na realidade foi. A vegetação era cerrada, agreste, arranhando-nos intensamente, a ponto de fazer sangue, tão alta que deixamos de poder ver o horizonte e com um declive extremamente acentuado. Resultado: todos caímos e só não rebolamos pela encosta abaixo porque a própria vegetação o impedia. A vítima do dia foi o Ginho, que não só rasgou as suas calças favoritas, que segundo ele lhe davam um ar de aventureiro sexy, como perdeu a máquina fotográfica. O que mais lhe custou foi que o Jominho também deixou cair os binóculos mas deu por ela, enquanto o Maia perdeu parte do cajado alpinista profissional mas o Virgílio estava atento. Só com ele, ninguém ajudou. Amigos da onça! Mas ele já se lamentou o suficiente, espalhando de forma lamechas e ridícula, a sua triste historia pelas redes sociais. O pior é que ainda houve quem se comovesse e até quem se oferecesse para dar inicio a um peditório para comprar uma câmara nova! Boa sorte!












O resto do percurso decorreu sem incidentes. Como ainda era cedo, decidimos ir lanchar ao pouco conhecido parque de lazer na praia fluvial de Gondomar, uma freguesia vimaranense muito longe do centro, mas com um toque burguês e um je ne sais quoi muito agradável.


Até à próxima.

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