terça-feira, 30 de junho de 2015

Feira Afonsina 2015


O momento alto da Feira deste ano foi sem dúvida a visita de Afonso Henriques à nossa Tasca. Recebido com gritos de “Viva o Rei!”, sua Majestade El-Rei D. Afonso I visitou pessoalmente, acompanhado do seu séquito, o stand do Núcleo de S. Dâmaso da Fraternidade Nuno Álvares na Feira Afonsina, tendo aproveitado para assinar presencialmente o Edital já publicado, em que o próprio atesta que, e citamos, “as melhores bifanas, a melhor sangria e a melhor limonada de todo o Reino de Portugal, são as feitas pela Fraternidade Nuno Álvares de S. Dâmaso, esse mui nobre e valoroso grupo de escuteiros a quem muito o Reino estima”.



Quase tão importante como este, foi a visita que tivemos das "meninas" de serviço à Feira, que apesar dos nossos insistentes convites para entrarem na nossa barraca, rapidamente nos trocaram por um dos gaiteiros saltimbancos, aparentemente já conhecido do grupo destas mulheres "perdidas" e de cuja gaita elas se tornaram especiais adeptas.


Registamos ainda o enorme sucesso que continua a ser a "Queimada", preparada num ritual extenso e com requintes de sadismo, pelo nosso feiticeiro Jominho, que capta a atenção e o entusiasmo, ano após ano, de fãs incondicionais e fiéis, embora em abono da verdade se deva dizer que a grande maioria são seus familiares.


De resto, tudo igual: muito trabalho, muito cansaço, muito fumo dos porcos dos vizinhos (não estou a chamar porcos aos vizinhos!) mas muita alegria e, esperamos, muito rendimento.












Até à próxima.


quinta-feira, 4 de junho de 2015

De Leonte até ao Pé de Cabril


Os do costume saíram ao campo em Junho, para percorrer o trilho que vai de Leonte até ao Pé de Cabril.

O dia começou mal, com o Virgílio a enjoar pelo caminho. Seria do café e da nata que comemos em S. Torcato? Ou seria da nassa da festa da noite anterior? Foi da nata ou da nassa? Aceitam-se apostas.

Recuperado o Virgílio, começamos mais um trilho não-oficial, registado no google e assinalado no terreno pelas primitivas "mariolas" (a propósito: é de assinalar e agradecer a paciência, esforço e vontade de ajudar daqueles que percorrem os trilhos e se dão ao enorme trabalho de colocar pedrinhas umas em cima das outras a marcar o caminho. Um grande obrigado!). E como não podia deixar de ser, um trilho muito difícil. Desta vez não pela extensão, mas pelo desnível e dificuldade própria do terreno.









Chegados ao Pé de Cabril, tentamos por todos os lados subir, sem sucesso, a formação rochosa. O Ginho, Jominho e Virgílio ainda conseguiram subir até mais de meio, mas o resto seria demasiado arriscado para a nossa idade e para as seguradoras que tornariam ricas as nossa mulheres, ainda demasiado frescas para pensarmos em deixá-las tão bem na vida.




Assim, não nos restou outra solução senão descer até à cabana do Tirolirão, para almoçar. Ora mas isso parecia muito mais fácil do que na realidade foi. A vegetação era cerrada, agreste, arranhando-nos intensamente, a ponto de fazer sangue, tão alta que deixamos de poder ver o horizonte e com um declive extremamente acentuado. Resultado: todos caímos e só não rebolamos pela encosta abaixo porque a própria vegetação o impedia. A vítima do dia foi o Ginho, que não só rasgou as suas calças favoritas, que segundo ele lhe davam um ar de aventureiro sexy, como perdeu a máquina fotográfica. O que mais lhe custou foi que o Jominho também deixou cair os binóculos mas deu por ela, enquanto o Maia perdeu parte do cajado alpinista profissional mas o Virgílio estava atento. Só com ele, ninguém ajudou. Amigos da onça! Mas ele já se lamentou o suficiente, espalhando de forma lamechas e ridícula, a sua triste historia pelas redes sociais. O pior é que ainda houve quem se comovesse e até quem se oferecesse para dar inicio a um peditório para comprar uma câmara nova! Boa sorte!












O resto do percurso decorreu sem incidentes. Como ainda era cedo, decidimos ir lanchar ao pouco conhecido parque de lazer na praia fluvial de Gondomar, uma freguesia vimaranense muito longe do centro, mas com um toque burguês e um je ne sais quoi muito agradável.


Até à próxima.