quinta-feira, 10 de março de 2016

Pela Arriba Fóssil - Esposende


Por razões práticas, e apesar do curto espaço de tempo desde a ultima saída, em Abril agendamos a atividade de campo para o primeiro sábado, em Esposende, para percorrer o trilho da Arriba Fóssil, desde a Senhora da Guia, até ao Monte de Faro. É um percurso de 12 kms, na montanha que está atrás da estrada nacional, que separa as praias e a zona costeira da serra granítica que dá uma beleza extra a toda esta parte do Minho. O trilho, pelos bosques de pinheiros e eucaliptos, sendo de dificuldade baixa, não tem nada de especial, mas os vários pontos de interesse, Senhora da Guia, capela da Senhora da Paz, Moinhos da Abelheira, Castro de S,. Lourenço e o Monte de Faro, são todos de vistas fabulosas, com o mar espraiando-se por quilómetros infindáveis e as localidades e os campos cultivados e verdejantes a completar quadros de beleza simples e autêntica.







Apanhamos alguma chuva, que felizmente não sentimos à hora do almoço, por estarmos abrigados na zona de lazer do Castro de S. Lourenço, um povoado que existiu entre o sec. IV a.c. e o sec. II d.c. e do qual existem bastantes vestígios e ruínas bem preservadas, assim como algumas casas da época, reconstruídas e que visitamos com muito interesse. Existe ainda um centro interpretativo que merece bem uma visita mais demorada.


Depois de concluído o percurso, descemos até à cidade, agora já com a companhia da Berta e Virgílio, bastante bem disposto, apesar da colonoscopia matinal que o poderia ter deixado KO. O importante nestes casos é que a pessoa não se habitue.

Ainda com energia suficiente, percorremos então o passadiço de Ofir, que serpenteia entre as margens do rio Cávado, muito rico em fauna e flora e que vai até á restinga de areia que termina na foz do rio, com o farol de Esposende do outro lado. Com um "ventinho" dos diabos, assistimos a um fenómeno nunca visto por nenhum de nós: a fina camada de areia seca, viajava ao sabor do vento pela areia molhada, criando efeitos visuais muito interessantes e espetaculares. Dir-se-ia que caminhávamos no deserto.






Assim, tendo percorrido quase 19 kms no total, recolhemos bem cansados à modesta morada do Ginho nas Marinhas, para lanchar, conviver, falar ao telefone com a Cátia, jantar umas boas moelas do Maia (quer dizer, as moelas eram de galinha mas foi o Maia que trouxe), conviver outra vez, ao calor da amizade e da lareira, aquecendo generosamente o lado traseiro do Virgilio, bem precisado de conforto, mas também do Armando, que afinal fala tanto em lenha e fogueiras e não fez nada para manter a lareira acesa. A noite acabou com uma partida de poker a brincar, com regras ditadas pelo Jominho, que as muda cada vez que jogamos. São assim os presidentes do "quero posso e mando".


De manhã, e após um cafezinho no bar ao lado do farol, regressamos a casa a tempo do almoço com as nossa famílias.

Até à próxima.