terça-feira, 27 de março de 2007

S.Torcato

Temos sempre a tentação de ir viajar para fora da nossa zona, conhecer as belezas dos vizinhos, esquecendo por vezes o que de belo temos dentro de portas. Assim, para contrariar um pouco essa tendência, resolvemos dedicar a Saída ao Campo de mês de Março ao nosso Concelho. Aproveitaríamos também para aceitar o velho convite do Matos para visitar a casa da sua família no alto do Monte de Sta. Marinha e fazer lá o churrasco que ele nos prometia há já algum tempo.











Não, não chegamos á Austrália! É apenas uma criação de avestruzes.
Mas antes de tudo, caminhar. Escolhemos o trilho "S. Torcato e os seus Moínhos". Esta é uma vila nos arredores de Guimarães, famosa pela sua cultura rural, romarias, pelo seu Rancho Folclórico e pelo seu belo Santuário granítico, que só no ano passado se concluiu, mais de 1 século depois do seu início. Na nossa região, para se designar obras que nunca mais acabam, diz-se que são como as obras de S. Torcato. Esta vila tornou-se um centro-escola de cantaria muito importante. S. Torcato foi martirizado no ano de 715, quando pretendia impedir o avanço do exército árabe de Muça, general de Tarik. De acordo com a tradição, o seu corpo foi descoberto por um monge beneditino, sob um monte de pedras, no local onde hoje se ergue a Capela da Fonte do Santo. O seu corpo incorrupto recolheu-se durante séculos na Igreja Velha e nas últimas dezenas de anos repousa, mumificado, no Santuário. A igreja velha de S.Torcato
A nossa primeira paragem foi no Campo da Ataca, que vários historiadores acreditam ter sido o verdadeiro palco da Batalha de S. Mamede, a 24 de Junho de 1128, reconhecido como o 1º dia de Portugal. É por esta razão que o feriado Municipal de Guimarães se celebra a 24 de Junho, sendo apenas coincidência o facto de também se festejar o S.João. Aproveitamos para comer o lanche do meio da manhã, aos pés do monumento que assinala o local, antes de seguir caminho.















Sendo um vale de tradições rurais, com a introdução do milho rijo em meados do Sec. XVI, os moínhos tiveram um papel importante no desenvolvimento económico local. Hoje, em ruínas ou servindo de local de armazenagem de variadas coisas, já não têm qualquer utilidade prática, embora alguns aínda conservem quase intactos os seus diferentes instrumentos e características.








No final da caminhada juntamo-nos ao Matos e ao Melo, que tinham o almoço quase pronto. O paté de atum levantou muitas dúvidas, perante a proximidade de uma lata aberta de pedigree pal, mas o churrasco estava a contento! O dia terminou com o convívio entre todos ao qual nos habituamos de tal maneira que é já parte importante da vida de cada um de nós.










Até á próxima.

1 comentário:

Laura Vaz disse...

Mas que belas paisagens, que os meus Amigos Fraternos, frequentam...e que belos petiscos também, depois d'umas belas caminhadas....Reconfortar o corpo é um bem necessário...
Continuação de BOAS ACTIVIDADES!...
Canhotas
Laura Vaz/AVEIRO
Coordenadora da Região